1,2,3, sorria! Sérgio da Silva Almeida

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Reconhecer a expressão de medo é fundamental para a sobrevivência. Espantosamente, os cientistas constataram que o sorriso é 25 vezes mais fácil de reconhecer do que o medo. Mas cá entre nós, diferentemente das pessoas que têm facilidade em abrir um sorriso na hora de ser fotografado, há as que têm dificuldade em sorrir naturalmente para fotos. Não sei você, mas eu sou uma delas! Por isso, quando eu era guri, ouvia muito a frase: “Sérgio, dá um sorriso Colgate”.

Dia desses, quando estive no polo da Uninter Cachoeira do Sul me informando sobre os preparativos para a solenidade de formatura do curso Tecnologia em Marketing, conheci a professora Vânia Regina Pasa de Pasa, coordenadora do polo de Arroio do Tigre.

Simpática, de pronto me contou: “Eu e seu pai ajudamos a fundar a Apae em Arroio do Tigre”. E eu lhe revelei como e por que consegui conciliar trabalho e estudo durante a última década para me graduar na maturidade. “Sou o retardatário de uma turma que começou o curso em 2012!”, disse, rindo de mim mesmo.

É sabido que conciliar trabalho e estudo não é tarefa fácil. E para se dar bem na faculdade – principalmente depois dos 50 – e não entrar para a estatística dos que param pelo meio do caminho, é importante ter bem claro o que se quer. E, depois, organizar a vida dentro do tempo que se tem, ou seja, o importante deve estar em primeiro lugar em relação a todo o resto. Se usar o tempo de forma inteligente, o estudante cinquentão jamais dirá “não tenho tempo!”.

Contudo, entre os inúmeros desafios que tive de enfrentar durante os 10 anos de curso, o último foi o de fazer as fotos para o convite de formatura. A tarde estava quente, abafada, e suei dentro da beca. Plagiando o “pega casaco, bota casaco, tira casaco”, do aprendiz Dre Parker, personagem de Jaden Smith, filho do ator Will Smith, no filme “Karatê kid”, executei várias vezes os movimentos de “pega chapéu, bota chapéu, tira chapéu”. Por sorte, a simpática fotógrafa Aline Menezes é uma profissional experiente e me deixou descontraído. Ainda assim, sua frase “1,2,3, sorria, Sérgio”, quase se tornou um mantra.