Quatro réus vão a júri nesta quinta-feira em Restinga Sêca

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Quatro réus vão a júri nesta quinta-feira, dia 26 de outubro, em Restinga Seca, na Região Central do Estado. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado ocorrido em julho de 2020.

Além disso, também estão sendo responsabilizados por organização criminosa, já que são apontados por integrarem uma facção.

De acordo com a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), os réus estão envolvidos no assassinato de um homem e a motivação foi a disputa por territórios ocupados por traficantes de drogas no município. Na ocasião, a vítima foi morta a tiros e o entendimento foi de que houve motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

JÚRI

Atuarão em plenário os promotores de Justiça Fernando Mello Müller e Francisco Saldanha Lauenstein. A previsão deles é de que o júri em Restinga Seca dure um dia, terminando no máximo na madrugada de sexta-feira, dia 27 de outubro. Haverá o depoimento de duas testemunhas de acusação e as defesas não arrolaram ninguém. Este é mais um julgamento que conta com a contribuição do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), criado neste ano pelo MPRS.

Para o promotor Fernando Müller, o “MPRS está empenhado em buscar e promover a justiça para esse assassinato brutal, que deixou os filhos e demais familiares da vítima em profunda e inconsolável tristeza. Atuaremos incansavelmente para obter a decisão justa dos jurados e trazer um pouco de alívio e paz ao coração da família, que já espera há mais de três anos pelo julgamento”.

Já o promotor Francisco Lauenstein destaca que “estamos vivendo um segundo momento da interiorização das facções. No primeiro momento, há cerca de 10 anos, as organizações criminosas mais antigas se estabeleceram em rincões longínquos do Estado. Há tempo, novas organizações estão ‘invadindo’ verdadeiros feudos, estabelecendo verdadeira guerra pelo domínio do território, trazendo morte, terror e tristeza”.

CRIME

O homicídio duplamente qualificado, conforme denúncia do MPRS, ocorreu no Bairro Iberê Camargo. Na época do fato, parte dos denunciados invadiu a casa da vítima e atirou várias vezes contra o homem, que estava dormindo dentro da residência. Após o homicídio, os suspeitos fugiram.

A Justiça aceitou a denúncia contra cinco pessoas apontadas pelo MPRS. Mas o júri será de apenas quatro delas porque houve uma cisão. Um dos réus, que segue foragido, será julgado posteriormente – ainda sem data marcada – para evitar atrasos no julgamento dos demais.

Os outros quatro, que vão a júri na quinta-feira, estão presos. Três deles tiveram a prisão preventiva decretada e um quarto respondia em liberdade por este caso, mas foi detido por outro tipo de delito.

Fonte: Comunicação do MPRS.

Promotor de Justiça, Dr. Fernando Müller.