É possível prever acontecimentos? Mauro Falcao

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O título não sugere previsões lógicas das consequências das negligências humanas, mas evoca sensibilidades a presságios. Refere-se a uma sensação intuitiva de algo que pode ocorrer no futuro, desconectada da realidade presente.

Este é um tema que desperta interesse e discussão, envolvendo tanto os que acreditam em premonições quanto os céticos. Apesar dessa divisão, a ciência já se pronunciou sobre essa possibilidade.

Quando Einstein afirma que tempo e espaço são relativos, ele indica que, quanto mais sutil for a matéria, mais rápida é a passagem do tempo. Ou seja, quanto mais ágil o meio de transporte do evento, mais rápido chega a informação. A compreensão desses fenômenos físicos abre uma nova dimensão de conhecimento, oferecendo visões valiosas para autopreservação e alertas de perigo, como flashes da angústia materna frente a uma possível ameaça ao filho.

A referência à velocidade da luz e do som, por exemplo, revela variações observáveis. Um exemplo natural é a visualização de um relâmpago antes de ouvir o trovão. Essa observação sugere que a aceleração do tempo é um fenômeno real.

Nesse contexto, a tecnologia atual comprova que o pensamento possui energia. Embora ainda não seja possível medir sua velocidade, ela está além da velocidade da luz. Esta fisiologia atômica da atividade cerebral é comprovada por exames eletroencefalográficos.

Frequentemente, ouvimos relatos de pessoas que descrevem eventos antes de sua ocorrência, com precisão impossível de ignorar. Sonhos vívidos de acidentes que aconteceram ou foram evitados por aqueles que acreditaram neles são exemplos disso.

É notável que pessoas que se amam muitas vezes parecem estar conectadas pelo inconsciente, compartilhando sensações e emoções. Apesar dessa inata capacidade premonitória, tendemos a desconsiderar o que está além dos nossos sentidos, relegando essa habilidade valiosa à incredulidade.

Como mencionado anteriormente, a compreensão das concepções de tempo e espaço está configurada à nossa capacidade sensorial, como visão e audição. Porém, o inconsciente não está sujeito aos obstáculos físicos que dificultam a assimilação dos fatos.

Embora o tema seja complexo, é essencial enfatizar que esta faculdade Divina só será confiável quando estiver comprometida com a proteção da vida, e não quando negligenciada em favor de interesses desconexos.

Mauro Falcão – Escritor brasileiro