Tudo que a casa de Pai e Mãe guarda- Crônica- Joice Figueiredo

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A casa dos pais abriga muito mais do que simples móveis e a calorosa presença de dois seres que moldaram quem somos hoje.

É o único lugar onde as portas estarão sempre abertas, prontos para nos acolher. Ali, podemos chegar exaustos que haverá sempre um abraço generoso, repleto de amor e afeto, dissipando todo o peso do mundo. Sob a proteção do amor paterno e materno, encontramos um refúgio após qualquer momento difícil. É onde nos sentimos protegidos desde a alma até onde o coração permitir.

Essa casa é como um baú repleto de sentimentos profundos e memórias construídas ao longo do tempo. Entre os bens materiais, estão as fotografias que resgatam momentos da infância. Quando deixamos o lar, os fins de semana para retornar tornam-se ocasiões aguardadas com ansiedade. Em que até os aromas e sabores da comida caseira se transformam em algo renovador.

É na simplicidade de um café da tarde por exemplo, é vivido os momentos com grande significado, com um cenário onde o tempo parece desacelerar, onde é compartilhado o que aconteceu durante o dia para cada um que ali estão. As vezes aquela frase simples falada por um deles é o suficiente para nos fazer refletir e levar como ensinamento.

E é ao sairmos pelo mundo que percebemos que o lar dos nossos pais era nossa maior riqueza. Apenas ali somos compreendidos com aquele amor sincero, muitas vezes transmitido em simples momentos, mas cheios de significado. Naquele ambiente, voltamos no tempo, revivendo momentos marcantes de um passado não muito distante que muitas vezes causam gargalhadas que ecoam nas paredes tornam-se a melhor melodia ouvida naquele dia.

Na casa de pai e mãe, nos sentimos pertencentes, conectados às nossas raízes, de onde os valores e princípios que acabaram nos guiando pela vida. Uma visita, mesmo que breve, pode parecer uma eternidade e maravilhosa de se viver, nos reconectando com quem somos.

É lá que encontramos os melhores conselhos ou dependendo do momento um silêncio acolhedor.

É em algumas dessas casas que realmente nos sentimos vistos e valorizados, independentemente das circunstâncias. É o espaço onde podemos expor nossas fragilidades sem receio de críticas, recebendo apoio ou conselhos impregnados de sabedoria de quem já viveu muito.

E é no aconchego desse lar, que temos nosso primeiro contato com valores espirituais e divinos. É um espaço de bênção e provisão, onde a bondade de Deus e sua sabedoria se manifestam através do cuidado, proteção e amor dos pais.

Nesse ambiente sagrado, os frutos da família aprendem a reconhecer a generosidade divina por meio dos gestos e exemplos dos que ali vivem.

É um lugar onde nos ensina que o verdadeiro lar não é feito apenas de algumas paredes, mas de abraços apertados, olhares profundos e momentos compartilhados. Que nunca nos falhe a memória de lembrar de valorizar esses momentos enquanto as temos eles por perto.