DNIT faz balanço das ações de reconstrução da região central do RS atingida pelas enchentes de 2024

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Na região de Santa Maria/RS, chuvas de 2024 isolaram a população e afetaram a estrutura de pontes.

Na região de Santa Maria/RS, chuvas de 2024 isolaram a população e afetaram a estrutura de pontes

População de Cachoeira do Sul chegou a ficar totalmente isolada, sem acesso a alimentos e suprimentos hospitalares

Afalta de mobilidade entre municípios foi um dos maiores problemas enfrentados pela população da região de Santa Maria, durante as chuvas de 2024, no Rio Grande do Sul. As cheias dos rios Vacacaí, Toropi e Jacuí e o deslizamento de terra na serra de Itaara afetaram as rodovias, bloqueando totalmente o trânsito em diversos pontos.

A cheia do rio Jacuí afetou a estrutura da Ponte do Fandango, na BR-153/RS. Durante a emergência, a água chegou a sobrepor a estrutura, deixando a população de Cachoeira do Sul isolada. Após a baixa do nível da água, o DNIT atuou rapidamente para restaurar a rodovia e religar o município à BR-290/RS, abrindo mais uma rota assistencial, ampliando a circulação de veículos emergenciais, apoio e suprimentos.

“O DNIT trabalhou bastante ali durante uma semana, porque não foi somente a ponte que foi afetada, mas a rodovia. O pessoal se empenhou e teve realmente um resultado muito bom e rápido”, diz Bruno da Silva, empresário e morador de Cachoeira do Sul.

Já o chefe da Unidade Local do DNIT em Santa Maria, João Carlos Tonetto, destaca as dificuldades enfrentadas pelo município. “Cachoeira estava sofrendo demais. Em alguns hospitais que não tinha oxigênio chegando, os alimentos não estavam chegando pra cidade, nos mercados” conta. Ele, no entanto, salienta a importância do trabalho da autarquia para o restabelecimento do tráfego. “A gente teve essa gratificação por ter participado e ajudado a dirimir esse sofrimento que toda a comunidade estava sentindo”, completa.Atualmente, o DNIT atua na readequação da Ponte do Fandango. A obra, que tem investimento aproximado de R$ 62 milhões do Governo Federal, visa o conforto e a segurança viária, e faz parte do projeto de execução de obras de reabilitação da Obra de Arte Especial (OAE), no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de estruturas (PROARTE). As melhorias consistem no reforço e alargamento da ponte.

BR-287/RS:

Na ponte sobre a várzea do Rio Toropi, na BR-287/RS, o DNIT precisou bloquear totalmente o trânsito e implantar um desvio provisório, lateral à Obra de Arte Especial, após identificar uma patologia na estrutura: um recalque de mais de 80 centímetros em um dos eixos.

“Foi o maior desafio que eu tive no DNIT, porque a gente encontrou um cenário que a gente nunca está acostumado a encontrar. Realmente assustador a quantidade de água acumulada sobre essa várzea, e a correnteza da água era algo muito grande. A solução sempre pesa para a gente que está na ponta, a gente tem que tomar uma decisão […] sempre a segurança em primeiro lugar, sempre pensando nas pessoas”, afirma Marcelo de Mello, engenheiro do DNIT em Santa Maria.

Agora, o DNIT atua na obra de reabilitação da ponte, que está na fase de cravação dos perfis metálicos na fundação e armação da estrutura, para que, em seguida, seja feita a concretagem.

Serra de Itaara:

Já na BR-158/RS, na serra de Itaara, foram registrados pontos com deslizamentos de terra, que bloquearam o tráfego. À época, o DNIT precisou atuar, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para liberar 137 caminhões que estavam parados entre Itaara/RS e Santa Maria/RS.

“Ficamos alguns dias com a rodovia totalmente interrompida, comprometendo o suprimento à cidade de Santa Maria e todo o centro do estado. A partir da remoção desses materiais que ficaram sobre a pista, e o fluxo já restabelecido, iniciamos um projeto de contenção”, diz João Carlos Tonetto.

Além das obras de contenção que o DNIT ainda realiza no local, também está sendo construída uma barreira dinâmica no ponto mais afetado. “Serve para evitar possíveis escorregamentos e deslocamento de blocos de rocha. Essa barreira funciona como uma rede para poder conter esses materiais que possam descer em futuras enxurradas de chuva”, explica Matheus Oliveira, engenheiro responsável pela obra.

A previsão é de que toda a região de Santa Maria esteja com o tráfego totalmente restabelecido até o fim de 2025, com a conclusão de todas as obras realizadas pelo DNIT.

Informações e imagens/ DNIT.