Não dá conta, não adote- Sérgio da Silva Almeida

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Quinta-feira, dia 14, foi o Dia Nacional dos Animais. Uma boa oportunidade para lembrar que maltratar animais é crime.

A priori, como maltrato, entende-se: bater, deixar sem alimentos, água e abrigo, deixar preso, não tratar das doenças e abandoná-los como um sofá velho que, segundo a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, é um ato cruel e degradante.

O Pipo entrou em nossa vida em 2011. Eu o dei de presente ao meu filho Sergi, em seu 17º aniversário. E não demorou para o peludinho de focinho achatado e orelhas grandes e caídas da raça shih tzu se adaptar à família – e conquistar a todos.

Com o tempo, descobri curiosidades sobre a raça. O Tibete é considerado o local de surgimento do shih tzu e na China o nome significa cão-leão ou pequeno leão, por conta do formato do rosto.

Por aqui, é a segunda raça mais procurada pelos brasileiros, representando 11,4% dos cachorros no Brasil.

Além de ser extremamente inteligente (os cientistas dizem que ele entende cada palavra que dizemos), o shih tzu é um companheirão.

Minha esposa Marta costuma dizer que “onde o Sérgio vai, o Pipo vai atrás”, inclusive ao banheiro. E quando o relógio marca meio-dia, ele se posiciona em frente à porta para avisar que chegara a hora de irmos buscar o José na escola. E faz o trajeto em pé, olhando a paisagem pela janela do carro.                                                      Entretanto, como a expectativa de vida de um shih tzu é de 15 anos, já notei que o Pipo, após ter completado seu 13º aniversário, reduziu o nível de atividade.

A gente costumava subir juntos os seis andares de escada do prédio. Porém, dias atrás, ele foi comigo até o terceiro andar e não conseguiu seguir adiante, mesmo eu o incentivando: “Sobe, Pipo, você consegue!”. Eu o peguei no colo, passei a mão em sua cabeça peluda e chorei.

O Pipo será nosso último pet. Apesar de ser uma experiência única e enriquecedora, ter um animal de estimação é um compromisso de longo prazo que exige dedicação, planejamento e responsabilidade.

Como li num post da ONG Protetores dos Animais de Bombinhas: “Adotar começa com um olhar sobre si mesmo e sua vida. Onde um cão pode se encaixar nela?”. Então, se acha que não vai dar conta, não adote!