Procurando Bidu: Sérgio da Silva Almeida

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Filmes com cães como protagonistas sempre me emocionam. E histórias reais mais ainda. Mês passado, após palestrar para empreendedores da eko’7, em Uberlândia (MG), fui convidado pelo distribuidor da empresa, Rafael Moreira, para um jantar em sua residência. E lá conheci, através da filha caçula Maria Clara, a emocionante história do Bidu.

“Bidu era um filhote quando eu o vi pela primeira vez. Ele tinha pelagem preta com tons dourados e uma ‘gravatinha’ formada por pelos em torno do pescoço. Ah, e sua sobrancelha era mais definida que a minha”, contou Maria Clara. E continuou: “Os anos passaram, e fomos fazer uma viagem em família, deixando o Bidu na casa de um amigo de meu pai. Na volta, quando fomos buscá-lo, ficamos sabendo que ele havia fugido… tentando nos encontrar. Nós o procuramos pela cidade inteira. E toda vez que eu saía à rua, ficava prestando a atenção nos cães na esperança de um deles ser o Bidu. Isso eu fiz por três anos. Três anos!

Certa noite, durante o culto, o pastor revelou que Deus iria atender os pedidos. Eu orei com fé: ‘Jesus, traga o Bidu de volta!’. No dia seguinte, ao ouvir alguém buzinar sem parar na frente de casa, abri a porta e, além de notar minha irmã Rafaella chorando, vi minha mãe eufórica: ‘Adivinha quem nós encontramos’. Logo em seguida meu pai abriu a porta do carro e tirou um cachorro de pelagem preta com tons dourados, com uma ‘gravatinha’ no pescoço e a sobrancelha mais definida que a minha. Eu caí no choro e soltei um grito: ‘Biduuu!’. E corri ao seu encontro e o abracei. Minha mãe contou que ao vê-lo vagando sozinho pela rua, sujo e esquelético, chamou a atenção de meu pai: ‘Olha! É o Bidu!’. E quando meu pai desceu do carro e o chamou: ‘Biduuu’, ele correu até ele e se jogou em seus braços. Vendo a cena, um homem perguntou ao meu pai: ‘Como conseguiu pegar esse cachorro? Ele está aqui na rua há três anos e ninguém consegue pegá-lo’. Meu pai respondeu: ‘O Bidu é nosso cão, estava perdido e foi achado!’”.