Segurança nas escolas- Sérgio da Silva Almeida

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Profissionais do hospital em Blumenau choraram ao ver as crianças feridas. Garotinha de apenas 5 anos contou que caiu ao sentir um golpe violento de machadinha por trás, levantou e sangrando fugiu do “homem mau”.

Outra criança sobrevivente perguntou ao pai sobre o atentado: “Pai, por que ele fez isso com as crianças?”.

Desejei que meu artigo de nº 900 fosse alto-astral. Porém, devido à explosão de violência nas escolas, creio que já passou da hora de refletirmos sobre a voz de criança que ecoa na cabeça de muita gente: “O seu papel é cuidar de mim, tio. Me proteger!”.

Cuidar das crianças torna uma nação melhor em todos os sentidos. Eu acho que foi isso que Pelé quis dizer após marcar seu milésimo gol em 1969, no Maracanã: “Pelo amor de Deus, o povo brasileiro não pode esquecer das crianças”.

Não sei você, mas eu concordo com o comentário de Thiago Asmar em programa da Jovem Pan News: “Se tivesse um segurança armado na escola, isso não teria acontecido”. E acho no mínimo intrigante a postagem que viralizou nas redes sociais: “Ninguém surta, pega uma arma e entra em uma boca de fumo. Sabe por quê? Lá tem armas. Simples assim!”.

Em Chapecó, o prefeito João Rodrigues anunciou medidas para reforçar a segurança nas escolas: “Estamos remanejando guardas municipais para as nossas 84 unidades escolares. E além da instalação de câmeras de videomonitoramento e da implantação de portas giratórias com detectores de metal, um projeto foi encaminhado à Câmara de Vereadores para contratação de 100 agentes de segurança para as escolas”.

Que a priorização da segurança das crianças chapecoenses sirva de modelo a toda Terra, pois há uma pergunta que volta e meia me deixa inquieto: se as agências bancárias, obrigatoriamente, devem manter vigilância constante para proteger o dinheiro dos correntistas, por que não se tem vigilantes treinados e capacitados nas instituições escolares para proteger nossas crianças, já que a maior riqueza não está nos bancos, mas nas escolas?